Tuesday, May 29, 2012
Tuesday, May 22, 2012
The Elephant’s Journey (We always arrive at the place where we are expected)
The Elephant’s Journey
(We always arrive at the place where we are expected)
The title of this exhibition comes from a book of
José Saramago that narrates the journey of an Indian Elephant offered by D.
João III (the king of Portugal) to the Austrian Archduke, and that made his
trip walking along his mahout.
Project – The
Elephant Journey I
Mounting / Painting / Sculpture / Objects
Estoril – Lisbon – Portugal – 2012
Origin
After Based on
true events (Rio de Janeiro / Lisbon 2011/2012) and View Through Trees to a Town / Vista de Uma
Cidade por Entre as Árvores (London 2012) I’ve made an object outside the space of a museum -
and rejecting the idea of a “White Cube” - maintaining some of the previous
assumptions (Estoril 2012).
This objects were primarily created in Tanger
(2009). At my studio - shared with Sofia
Aguiar and Yto Barrada - I started to use the walls and the furniture as
support, maybe because of the lack of canvas.
In Lisbon I founded hidden paintings on the room
where I live in. The room was white when I came in, but during the time the
paintings started to emerge underneath the white paint, revealing some hidden
themes that I made appear by using a small knife.
The hidden paintings
The representation of the four continents appeared:
Europe (N)
America (O)
Africa (S)
Asia (E)
In London, the Hyde Park’s sculptures of Albert’s
Memorial, also represents the four Continents.
In my paintings I represent this representation:
An Elephant representing Asia
A Camel used to represent Africa
A Buffalo representing America
& a Cow representing Europe
This goes with native representations of the human
beings of each Continent. The fifth continent does not exist – if it did – probably
it would be something like a kangaroo and an aboriginal, or maybe a
bigger animal for a more important representation…
From the museum rooms
to the “real” space
In the same way as it happened in the spaces of
previous exhibitions, the floor and the walls are worked areas that surround
the different rooms of the restaurant that hosts my piece – The Elephant’s Journey. The floor is
painted and exists to be stepped on and walked over in a carefree way. As to
the walls - and besides the work done with the brushes - they also receive some
objects that hide parts of their painted surface.
The usually “untouchable objects”, that live as
“untouchable art” when placed in a museum or gallery ( modified - tables,
chairs and lamps) assume once again their original function, being able to be used one more time, as normal
objects of everyday life.
The triviality of the
work
I have in mind some ornamental paintings I’ve seen in
restaurants / chop-houses / tents (...).
I wish to retake this traditional desire of creating an
idyllic scene, sometimes evocating a glorious past and also the eventual
desire of upgrading the place itself.
In order
to construct the piece I spend a particularly low budget, focusing my attention
on selecting and recycling old objects. This intention of spending a small
amount of cash, makes me able to center all energy in “object-transformation”.
Changing
objects - furniture, “bibelots” and
different surfaces. Even with the possible stigma that this “glorification” may
bring, the aim is to create an intimate space - elegant maybe - but never to
intimidate the spectator.
In other
words: I wish to create a massification and democratize my piece returning to the initial idea of painting as
ornament.
I wish
to make the objects live outside the “white cube” - inherited from modernism.
I
pretend that the objects live for itself, being able to create a gateway that
reveals a new experience in each viewer.
With
this work, I am coming back into a place where people eat - the same starting
point that José Saramago uses in his book called The Elephant’s Journey - This leaves me to think that maybe I was
somehow trying to reinforce the idea of “unmaking” / the idea of returning /
the idea of desanctifying art.
Modernism and Crime
Adolf Loos
speaks of “Ornament and Crime” - one of the funding theories of modernism. In
my work I tend to follow the idea of using painting as ornament.
(I don’t
see ornament as something particularly criminal)
I feel the need to transform the space inside a
modernist museum. On the other hand – when working in the “real” space - my intention
is simply to surprise the viewer by inviting him to walk over my floor
paintings. People also will be able to sit on this objects and even eat on it.
Key elements
Orientalism /
History / Ornament / Crime / Narrative of
Saramago / Imagery
/ Colonialism /
Slavery / Ornamental
Classical Painting / Modernism / Extinct Animals /
Tradition / Glory
/ Statute/ Automatic
Writing.
Note: In a flood in Tanger I
lost my traveling books The Elephant
Journey / Inside The White Cube / 100 Years of Non Linear History / & Animals from Amazonia / I am now using
memory to evocate all references.
Friday, May 18, 2012
"A Viagem do Elefante" "The Elephant's Journey" - Ornament and Crime.
A Viagem do Elefante.
(Sempre acabamos por chegar aonde nos esperam)
Projeto A
Viagem do Elefante I
Montagem / Pintura / Escultura / Objetos
S. Pedro do Estoril – Lisboa – Portugal
2012
Depois de “Baseado em Fatos Reais”* (Rio de Janeiro
/ Lisboa 2011) e “ View Through Trees to a Town”** Londres 2012) realizo um
objeto idêntico mas desta vez fora do espaço museológico. (S. Pedro do Estoril
2012)
As peças têm vários pontos em comum mas os objetos
“intocáveis” (cadeiras, mesas, candeeiros pintados) voltam aqui a ter a sua
função anterior. As paredes e o chão são também “ornamentados” como no espaço
museológico. Em ambos os espaços o chão é para ser pisado e as paredes têm
ornamentos sobrepostos às pinturas de base (como nas paredes do meu quarto).
Ou seja, não me parece que no final a “peça” não
seja muito mais do que uma espécie de regresso à origem dos objetos.
Desfaço e dessacralizo a pintura, a “arte”.
Curiosamente volto a um restaurante que é o ponto de partida de Saramago para a
escrita do seu livro com o mesmo nome.
Adolf Loos fala de Ornamento e crime num dos textos
fundadores do modernismo. É de ornamento que se trata e uso a pintura para esse
fim. Não creio que seja criminoso. Desejo fazer viver os meus objetos fora de
algo que se assemelhe ao “White Cube”.
No espaço museológico sinto a necessidade de o
transformar. Em espaço real desejo apenas surpreender o espetador ao fazê-lo pisar
as pinturas, sentar-se, ou mesmo comer sobre elas.
A origem destes objetos terá sido em 2009 no
estúdio de Tânger (partilhado com Sofia Aguiar e Yto Barrada) onde comecei a
utilizar as paredes e os móveis como suporte de pintura por falta de telas.
0. A origem.
Parto das pinturas das paredes do meu quarto num
velho edifício em Lisboa. Era branco quando cheguei mas com o tempo a pintura
foi revelando desenhos escondidos que acabei por fazer aparecer aos poucos com
uma faca de folha:
Os 4 continentes.
Europa (N)
América (O)
África (S)
Ásia (E)
Em Londres, o Albert Memorial do Hyde Park, tem
também a representação dos 4 Continentes. É desta segunda série, talvez ainda
mais estereotipada do que a de Lisboa, que parto para a representação no
restaurante. O meu desejo é transformar de uma outra forma o “modelo” esquecendo
um pouco as receitas “modernistas” que me foram propostas nas escolas (...)
Represento em pintura a representaçãoo dos “clichés
realizados para o Albert Memorial onde surgem elefantes para a ásia, camelos
para áfrica, bisontes para a américa e uma vaca para a europa juntamente com
personagens nativas que representam cada continente. O quinto continente não
existe. Imagino que teria um canguru e um aborígene....
O Título:
1. Saramago e D. João III
Parto do título de José Saramago “A Viagem do
Elefante” que por sua vez narra o trajeto de um elefante que terá sido
oferecido pelo rei de Portugal D João III ao Arquiduque da Áustria e que viajou
até lá com o seu cornaca.
2. História e tradição
Orientalismo / História / Ornamento / Crime
Numa inundação em Tânger fico sem os meus livros
mais queridos com que viajo. “A Viagem do Elefante / Inside the White Cube /
Non Linear History / Animais da Amazónia / Uso esta grande metáfora (grande até
na dimensão do paquiderme.
No Benim não há elefantes nas cidades e em Portugal
não há fado nas ruas (...)?)
3. Etapas do Projeto Elefante
a. Em Portugal (Estoril) é realizada uma montagem
de objetos em espaço real: “A Viagem do Elefante”. Utilizo um espaço a abrir ao
publico em restaurante onde peço aos proprietários para me ocupar da sua
“ornamentação”. Utilizo pintura a óleo para pintar chão, paredes, móveis,
objetos. Faço algo semelhante ao que tenho feito em museus e galerias mas desta
vez de uma forma e num local onde os objetos podem ser utilizados, manuseados e
pisados.
Últimos Projetos:
1. Residencia artística Rio de Janeiro: “Baseado em
Fatos Reais”
2. Exposição Lisboa “Baseado em Fatos Reais”
3. Exposição em Londres “View Through Trees to a
Town”.
4. Montagem da peça no Estoril “ A Viagem do
Elefante”.
Projeto:
a. O Retorno do Elefante. (Ler sobre o Benin / Sobre os elefantes no Benin / sobre a cultura no Benin
/ sobre a história de Saramago / Sobre o projeto de S Pedro / Sobre Adolf Loos
– Ornament and Crime. / Guerra de África /
Partindo da ideia de Adolf Loos “Ornament and
Crime” desejo criar uma sobreposição de objetos e pinturas que ornamentam este
espaço.
No Benim exponho imagens deste espaço (fotos,
reproduções de pinturas, desenhos a partir do lugar etc). A estes elementos
adiciono outras ornamentações no local. Trabalho com artesanato local e com
espaços de encontro (que “ornamento”)
- A ideia de pinturas em restaurantes / tascas /
barracas – ornamento. A pintura ornamental. O cenário idílico / o espaço intimo
e o espaço intimidante.